Um dos maiores avanços que conquistamos em nossos oito anos de gestão em Belo Horizonte foi a melhoria na qualidade da Educação. Para citar apenas um dos aspectos, construímos 95 escolas em 96 meses de governo. Fizemos um grande esforço para alcançar esta meta porque acredito que a mudança profunda que o país precisa somente se dará pela Educação. Como dizia Darcy Ribeiro, construir escolas significa não termos que construir presídios no futuro. Este objetivo, o de tornar Belo Horizonte uma cidade educadora cujos níveis pudessem ser comparados com as principais metrópoles desenvolvidas do mundo, motivou meu trabalho.
Nesse sentido, o elemento central da estratégia de desenvolvimento da capital foi o de focar no avanço das políticas de acesso à Educação, com a melhoria substantiva da sua qualidade, sejam elas a construção de escolas humanizadas, a distribuição de material escolar e a valorização dos profissionais, bem como a ampliação dos anos de escolaridade dos alunos.
Esses avanços começaram a ser conquistados já em nossos Programas de Governo implementados nas duas gestões à frente da Prefeitura, que tiveram como uma das prioridades a Educação. Essa agenda traduziu-se no compromisso de incrementar políticas afirmativas envolvendo três temas da Educação – Educação Infantil, Escola Integrada e Melhoria da Qualidade -, dos quais destacamos aqui o compromisso assumido de expandir e melhorar o cuidado e a educação da criança desde a primeira infância, especialmente as crianças mais vulneráveis, visando uma completa transformação a partir da Inclusão Social.
Norteados por nosso Programa de Governo, esforços coletivos foram desenvolvidos no sentido de prover os meios para se cumprir o compromisso firmado, buscando tornar Belo Horizonte a cidade modelo da Educação Infantil de qualidade, pois essa área apresentava resultados modestos, apesar dos esforços das gestões anteriores. As significativas mudanças no contexto social e a necessidade de cumprimento de novos marcos legais educacionais definidos pelo cenário nacional da época exigiram do Poder Público respostas rápidas e resultados também rapidamente verificáveis.
O ano letivo de 2009 na Educação Infantil da Rede Pública de Belo Horizonte teve início em 40 Unidades Municipais de Educação Infantil, as conhecidas UMEIs, em 13 Escolas Municipais de Educação Infantil e em 193 creches da rede conveniada à Prefeitura. Assim, cerca de 35 mil crianças de 0 a 5 anos e 10 meses eram atendidas pela rede municipal e pela rede conveniada. Mas um grande contingente ainda estava fora desse atendimento.
Ao término da nossa gestão estes números tiveram um enorme avanço. Ao final de 2016, tínhamos 130 escolas infantis em Belo Horizonte, numa expansão de mais de 200%. E com um detalhe: escolas de excelente padrão de qualidade que não ficam devendo nada a nenhuma das melhores escolas particulares. As chamadas UMEIs passaram até a ser disputadas pelas famílias de classe média da nossa capital. Além disso, ampliamos a escola de tempo integral de 15 para 60 mil vagas. E em todos os indicadores de qualidade, em especial o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica -, Belo Horizonte conseguiu evoluir.
Em nossa gestão recebemos dezenas de prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais em quase todos os setores do governo. No entanto, sempre costumo dizer que o que mais me encheu de orgulho e satisfação foi haver sido o único prefeito do país a ser apontado pela conceituada Fundação Abrinq como prefeito Amigo da Criança, na categoria Destaque Nacional, em nossas duas gestões. Uma das principais razões da conquista desse prêmio foi o compromisso que tivemos em ampliar o acesso à Educação de qualidade, principalmente para as famílias mais pobres. E é este compromisso prioritário com a educação que queremos levar para o Governo de Minas.